Moradores deixam casas às pressas em Porto Alegre
2024-07-30 / Band Jornalismo
No bairro Menino Deus, em Porto Alegre, moradores tiveram que deixar suas casas às pressas após o nível da água subir muito rápido. Veja a reportagem de Joana Treptow
Relator já prevê R$ 50 bilhões em emendas para o Orçamento de 2025.
Descaso da administração municipal com serviço público e sistema anti-enchente leva cidade ao caos. Insatisfação é sentida nas ruas alagadas, nas redes e no parlamento
Próximo à Vila Santo André, no Humaitá, cerca de 40 pessoas formam comunidade de desabrigados vivendo em barracas de lona ou nos próprios carros próximo às suas moradias.
A volta da chuva em Porto Alegre hoje alagou ruas novamente e forçou moradores a saírem de casa mais uma vez em meio ao alagamento. A água subiu rapidamente no trecho entre as avenidas Padre Cacique, Praia de Belas e José de Alencar na manhã de hoje.O
Os alagamentos em cidades da região metropolitana de Porto Alegre forçam muitas pessoas a abandonar suas casas e buscar refúgio onde conseguem. Algumas estão indo para o litoral do Rio Grande do Sul, onde não houve registro de mortos por causa no tempo
Rio Grande do Sul é o estado com maior proporção de idosos, segundo o IBGE. Vítimas das enchentes conversaram com a BBC News Brasil sobre as dificuldades após as inundações.
No final de semana e na semana que vem, a previsão, por ora, é de sol sem chuvas.
As experiências com outras grandes inundações ao redor do mundo permitem entender como esses eventos climáticos alteram as dinâmicas de transmissão de vírus, bactérias e outros agentes infecciosos. Médicos e autoridades se organizam para lidar com um aumento nos casos de diversas enfermidades pelas próximas semanas.
Reportagem da BBC News Brasil visitou abrigo improvisado em igreja que acolhe moradores desalojados em enchente histórica na capital gaúcha.
Medo fez com que alguns voluntários desistissem do trabalho durante a noite. Batalhão de Operações Especiais assumirá patrulhamento ostensivo para coibir a ação de bandidos.
No município da Região Metropolitana, metade dos 348 mil habitantes tiveram de deixar suas casas em razão do alagamento e 60% do território ficou embaixo d’água
Sistemas estão fora de operação por inundação ou porque estão sem energia por prevenção; mapa mostra como ficará a cidade caso todos os mecanismos de proteção parem de funcionar
Outros gaúchos, ilhados em meio às inundações, ainda buscam formas de deixar suas casas
Torres e outras praias gaúchas e catarinenses recebem moradores de Porto Alegre e outras regiões que fugiram das enchentes: 'Saí só com a roupa do corpo'
Capital sofre com desabastecimento e população se desloca em direção ao litoral
Estado contabiliza ao menos 39 mortes e monitora barragens; aeroporto Salgado Filho suspende voos
Com moradores tendo que abandonar residências, com falta de água, luz e suprimentos, Porto Alegre não será mais a mesma cidade. Leia na Gazeta do Povo
Rodrigo Manzione diz que construção de cidades próximas a rios teve por base sensação de segurança da população que se revelou equivocada, e explica os fatores atmosféricos e geográficos que contribuíram para os estragos que as chuvas e as cheias têm causado no estado desde 2023. "Políticos precisam aceitar que o Brasil precisa de investimentos pesados na área de contenção de riscos e desastres", diz.
Nesta semana, todas as viagens de chegada e saída foram canceladas na rodoviária de Porto Alegre. Já o aeroporto Salgado Filho ficará fechado até o dia 10 de maio.
Situação do bairro Arquipélago, onde vivem mais de 8 mil habitantes, preocupa moradores. Após sequência de dias chuvosos, Guaíba transbordou e comportas foram fechadas.
Rajadas de vento atingiram 100 km/h. Há mortos e desaparecidos. Em algumas cidades, choveu pelo menos 200 milímetros em 24 horas. Há pelo menos 460 mil pontos sem energia elétrica. Água invadiu casas, hospital e universidade.