Rússia diz que pode reagir na mesma moeda e alerta para 'consequências fatais' do novo passo do Ocidente

Vitaliy Venislavskyy, especialista em História Militar, analisa os últimos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia, com destaque para o uso de armas ocidentais contra a Rússia e as expectativas relativas à Conferência de Paz promovida pelo Presidente ucraniano.

O vice-presidente o Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, garantiu ainda que seria "um erro fatal" se o Ocidente pensasse que a Rússia não está pronta para utilizar armamento nuclear tático.

Estados Unidos juntam-se assim a Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Suécia, entre outros países ocidentais que garantiram que não se vão opor à utilização de armamento ocidental contra território pertencente à República Federal Russa. No total, mais de uma dezena de países já deram o seu aval

Aproxima-se velozmente a data da Cimeira da Paz organizada por ucranianos e suíços, marcada para 15 e 16 deste mês em Bürgenstock (na foto), Lucerna, Suíça, para a qual não foi convidada a Rússia, e na qual Kiev depositava uma derradeira esperança de unir o mundo contra Moscovo mas que se está a desfazer hora a hora, causando profunda irritação no Presidente Zelensky.

Mais de 50 mísseis e 50 drones foram lançados para o sul, centro e oeste da Ucrânia nas últimas horas, segundo Zelensky. Leia no Poder360.

O anúncio alemão foi feito no mesmo dia em que o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, confirmou que os Estados Unidos avançariam com a mesma retirada de restrições.

A decisão equivale a uma mudança de política por parte de Biden, que até agora se recusava firmemente a permitir que a Ucrânia utilizasse armamento americano para ataques dentro da Rússia.

O secretário de Estado, Antony Blinken, tem tentado convencer membros da Administração Biden a levantar o veto. Kiev diz que ofensiva em Kharkiv foi facilitada pela proibição norte-americana.

A decisão da Alemanha segue-se a uma autorização dada também pelos Estados Unidos para utilização de armas norte-americanas contra alvos na Rússia. Moscovo denunciou, entretanto, que as armas dos EUA já estão a ser utilizadas pela Ucrânia para atingir o território russo.

Isidro Morais Pereira diz que Rússia vai ter mais cuidado depois da Ucrânia sido autorizada a usar armamento doado para atacar em solo Russo.

O presidente Joe Biden deu sinal verde para que a Ucrânia use essas armas contra alvos fronteiriços à ex-república soviética

Aval vale apenas para bases russas que dispararem contra a cidade ucraniana Kharkiv

É uma mudança de postura do presidente dos Estados Unidos, ao autorizar que a Ucrânia utilize armamento norte-americano para atacar alvos russos, desde que seja pela defesa da cidade de Kharkiv. Washington justifica que a nova política de Joe Biden visa apenas o "contra-ataque" e proíbe ataques de longo alcance.

Na quinta-feira (30), militares norte-americanos disseram à agência de notícias Reuters que os EUA haviam dado sinal verde para que Kiev atacasse a Rússia com armas norte-americanas. Antony Blinken confirmou a informação.

O governo da Rússia já declarou que um ataque com armas americanas seria considerado como um envolvimento direto dos Estados Unidos na guerra.

O Presidente dos EUA deu autorização à Ucrânia para que use armamento de origem americana para atacar alvos russos, desde que limitados à defesa de Kharkiv, disseram duas fontes à agência AP.

Acompanhe ao minuto a evolução da guerra na Ucrânia.