Entenda por que a catástrofe no RS é um evento climático extremo
2024-05-09 / agenciabrasil.ebc.com.br
O meteorologista brasileiro Carlos Nobre, referência mundial para estudos ambientais, explica o que são eventos climáticos extremos como o que ocorre atualmente no Rio Grande do Sul.
Desde o início do mês, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) vem procurando sistematizar os processos judiciais relacionados à
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“Não adianta a gente simplesmente reconstruir as coisas do mesmo jeito", diz o coordenador de Justiça Climática do Greenpeace Brasil, Igor Travassos.
As fortes chuvas que castigam o Rio Grande do Sul desde o fim de abril causaram estragos que ainda não foram calculados. As inundações afetaram um total de 458 cidades, o que corresponde a mais de 90% dos municípios gaúchos, com mais de 2 milhões de pessoas impactadas pelo evento climático extremo. O volume de chuva passou de 800 milímetro em mais de 60% do estado, deixando mais de 500 mil pessoas desalojadas, ou seja, tiveram que sair de suas casas, e 77 mil estão vivendo em abrigos no momento. As mortes chegam a 151 e ainda há 104 desaparecidos.
Instituto aponta que atividades ligadas à recuperação florestal podem contribuir para reconstrução da economia do estado, devastado pelas chuvas.
Chuvas intensas como as que ocorrem no Rio Grande do Sul são eventos extremos com tendência de ser mais frequentes em todo o mundo. Segundo o pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) e co-presidente do Painel Científico para a Amazônia, Carlos Nobre, é preciso haver conscientização sobre as mudanças climáticas. “Todo mundo precisa abrir o olho. No mundo inteiro, esses fenômenos extremos estão acontecendo. Em 2021 tivemos recorde de chuvas em uma parte da Europa, e morreram mais de 100 pessoas.
Enchentes já causaram 107 mortes. Há 134 pessoas desaparecidas. Mais de 327 mil estão desalojados.
A Peste, do franco-argelino Albert Camus (1913-1960), se passa na cidade de Orã, Argélia, no ano de 194… Isso mesmo, “194…”. O narrador não precisa o ano.
A tragédia de 83 anos ocorreu em razão de chuvas intensas e ventos fortes. Mas ele não foi o único evento anômalo a cair sobre a capital gaúcha nas últimas décadas. O aumento recente na frequência e na intensidade de cheias e inundações na região está alinhada com as projeções climáticas — e preocupa os especialistas.
Governos precisam sair do atendimento emergencial para planejar estratégias de adaptação e mitigação do "novo normal" climático, diz Márcio Astrini
Os eventos extremos climáticos têm se intensificado em todo o mundo. No Brasil, os efeitos das ações humanas sobre o meio ambiente ficam evidenciados
Única apresentação em Porto Alegre ocorre às 21h desta sexta no Bourbon Country
O meterorologista Carlos Nobre explica para a Agência Brasil porque a catástrofe que atinge o Rio Grande do Sul é considerada um evento climático extremo
Expressões como catástrofe socioambiental e emergência climática dominam os noticiários e passam a integrar o vocabulário de autoridades
São Paulo – Elon Musk afirmou que a Starlink, empresa de internet por satélite da qual é dono, vai doar mil terminais para socorristas do Rio Grande do Sul. A ação foi anunciada na rede social do bilionário, o X, antigo Twitter. O post foi feito em resposta ao vídeo da modelo Gisele Bündchen, publicado […]
Cientistas já previam que região enfrentaria mais chuvas intensas com aquecimento global
As chuvas deste início de maio provocaram as maiores enchentes da história do Rio Grande do Sul. O grande volume de água atinge 385 cidades - mais da metade dos municípios gaúchos -, vem deixando bairros inteiros submersos e provocando a evacuação da p
Governador Eduardo Leite (PSDB) classificou os temporais que iniciaram em 29 de abril como o 'maior desastre do estado'. Em setembro de 2023, no Vale do Taquari, 54 pessoas morreram em decorrência das cheias.