As direitas radicais já não são contra a União Europeia? São, mas falam muito menos disso e sabem que podem mudá-la por dentro
2024-03-26 / Expresso
Sair da União Europeia deixou de ser assunto entre as direitas radicais. Pode aflorar em discursos políticos de segunda linha, mas o foco está em tentar mudar a própria UE, o que não é necessariamente uma notícia melhor. Políticos como Viktor Orbán ou Giorgia Meloni já perceberam que têm muito mais poder dentro da União do que fora dela, exigindo contrapartidas pelo seu voto e usando a máquina para os seus propósitos. A vaga populista que se espera nas eleições europeias de junho pode modificar um projeto que nasceu precisamente para manter os nacionalismos sob controlo
Desconhece-se ainda quem será o primeiro-ministro a dirigir o Governo de coligação de direita, e que substituirá Mark Rutte, candidato ao cargo de secretário-geral da NATO
As especialistas em política entrevistadas pelo Expresso acreditam que o Chega vai ganhar representação no Parlamento Europeu, mas o número de lugares depende da mobilização dos eleitores. Partidos mais pequenos vão sair recompensados na equação e o PSD não deverá sofrer o usual voto contra o governo, por ter assumido recentemente funções
O sucessor de Jens Stoltenberg será conhecido na cimeira de junho, em Washington D.C., e já só sobram dois candidatos. Hungria, Eslováquia, Roménia e Turquia, por razões diferentes, são obstáculos no caminho do atual primeiro-ministro neerlandês, que tem de obter unanimidade para chegar ao cargo
As novas leis de imigração na Europa, recentemente discutidas em França e Inglaterra, estão a reacender a discussão sobre a forma como os movimentos de direita radical e populista podem estar a ganhar a batalha ideológica em relação aos migrantes. O cordão sanitário à extrema-direita está a deslaçar-se.
Comunidade brasileira no país representa 40% dos estrangeiros e tem direito a voto. Alinhados ao partido conservador defendem controle maior da imigração enquanto contrários temem aumento da xenofobia.
Pesquisas de opinião apontam que partido Chega, da direita radical, pode ter o dobro dos quase 8% dos votos que recebeu em 2022 e mudar a configuração política do país.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou um protesto na avenida Paulista neste domingo (25/2) em meio ao avanço das investigações da Polícia Federal sobre suposto plano de golpe de Estado.
Cientista político americano falou com BBC News Brasil sobre como mundo ficou mais inseguro desde o começo da guerra na Ucrânia, que está completando dois anos.
Ele foi apelidado de “presidente milenial”, desmantelou gangues criminosas e com isso ganhou popularidade, mas também acusações de violações dos direitos humanos.
Da falta de punição para mentores dos atos ao pouco avanço na regulação das redes sociais, questões importantes sobre os ataques aos Três Poderes seguem sem desfecho.
Grupos de direitos humanos denunciaram legislação como a mais retrógrada em décadas.
BBC News Brasil conversou com analistas sobre as principais semelhanças e diferenças entre as três lideranças políticas. Trump e Bolsonaro felicitaram Milei pela vitória.
Câmara dos Deputados avalia votar nesta terça um amplo projeto de lei que busca reforçar a regulamentação e fiscalização sobre plataformas digitais, como redes sociais, aplicativos de trocas de mensagens e ferramentas de busca.
Especialistas afirmam que politicamente correto surgiu como um movimento de esquerda em defesa da substituição de expressões, atitudes e percepções socialmente aceitas, mas ofensivas ou ameaçadoras para alguns grupos da sociedade, como mulheres, negros, indígenas, homossexuais e pessoas com deficiência.
Atualmente, os liberais costumam ser divididos em dois grandes grupos: um mais à direita (conservador, neoliberal ou libertário) e outro mais à esquerda (progressista ou igualitário). E muitas vezes o debate passa mais por questões econômicas do que por questões políticas.
Para o cientista político e historiador Robert Paxton, o fascismo pode ser definido como um comportamento político marcado por uma preocupação obsessiva com a decadência e a humilhação de um grupo social, tido como vítima.
Eles compartilham contatos. Contam com sites que, antes das eleições, compartilham conspirações e conteúdos falsos. Obtêm dinheiro dos mesmos fundos. Usam o mesmo vocabulário. E estão convencidos de que, juntos, algum dia, vencerão