À semelhança do que aconteceu com o IRS, o pacote de medidas do Governo para a habitação não agradou a nenhum dos partidos. Para a direita, ficou “aquém” do esperado. Já a esquerda critica reversões nas medidas como as limitações ao Alojamento Local
Neste P24, ouvimos Luís Mendes, investigador permanente no Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa.
Ter uma casa para viver é um direito fundamental. Mas para muitos, nos dias de hoje, quase parece ser um luxo.
Em Portugal, o mercado residencial muito mudou ao longo dos últimos 12 anos. Mas há uma questão estrutural que permanece: há falta de casas no país. É este desequilíbrio entre a oferta de habitação e a procura (muito impulsionada por estrangeiros) que está por detrás da subida dos preços das habitações. Os dados do Eurostat esta terça-feira publicados mostram que as casas para comprar no nosso país ficaram 80% mais caras desde 2010 até ao terceiro trimestre de 2022. E as rendas das casas subiram mais de 25% entre estes dois momentos. Esta evolução superior à média da União Europeia (UE).
Associação alerta para falhas no controlo da resistência do betão nas construções de moradias e prédios.
Resolver o problema da habitação passa por aumentar a oferta, alavancando no investimento de privados, incluindo estrangeiros. Uma análise de Carlos Guimarães Pinto e Gonçalo Levy Cordeiro.
Entrevista a Juha Kaakinen, especialista em Housing First, que faz da Finlândia um caso de sucesso na luta pelos sem-abrigo. E Lisboa?
A ideia de a falta de construção privada ter criado a crise da habitação é falsa. A direita entendeu que deve bloquear qualquer medida que reduza a procura estrangeira ou que vá na direção de se criar um parque público habitacional de grande envergadura.