Depois de passarem anos a subir a alta velocidade, as rendas das casas começaram a abrandar na reta final de 2023, espelhando um maior equilíbrio entre a procura e oferta de habitação disponível neste mercado.
As casas para arrendar em Portugal são escassas para a tamanha procura que se regista nos últimos anos. Aquele que, em teoria, parece ser um bom negócio imobiliário não tem tido, contudo, um aumento expressivo no mercado nacional. Para tornar o arrendamento mais atrativo e aumentar a oferta de casas para arrendar, o Executivo socialista de António Costa aprovou uma série de medidas no Mais Habitação, mas nem todas foram bem-vindas. Afinal, o que falta fazer para incentivar os proprietários colocar mais casas a arrendar? Os especialistas ouvidos pelo idealista/news consideram que é preciso haver mais confiança nos governantes, estabilidade na legislação, maiores reduções nos impostos e ainda maior equidade nas leis que protegem os senhorios e inquilinos. Estas são algumas pistas que o novo Governo formado pela Aliança Democrática - partido mais votado nas eleições legislativas de domingo passado - deverá ter em conta nesta legislatura.
O arrendamento de luxo a nível mundial abrandou no ano passado, mas continuou a crescer em Portugal. As cidades do Porto, Cascais e Lisboa destacaram-se em termos de valorização, segundo revela a consultora imobiliária Quintela e Penalva, especializada neste segmento.
Encontrar uma casa para arrendar em Portugal continua a não ser tarefa fácil em 2023. Há pouca oferta de habitação para a procura existente. E as rendas das casas colocadas no mercado estão cada vez mais altas, tornando-se menos acessíveis aos bolsos dos portugueses, que já têm vindo a ser pressionados pela inflação. O índice de preços do idealista revela que as casas para arrendar no nosso país ficaram 1,6% mais caras em janeiro de 2023 face ao mês anterior. Isto quer dizer que arrendar casa tinha um custo mediano de 13,1 euros/m2 no final de janeiro deste ano.
Em Portugal, o mercado residencial muito mudou ao longo dos últimos 12 anos. Mas há uma questão estrutural que permanece: há falta de casas no país. É este desequilíbrio entre a oferta de habitação e a procura (muito impulsionada por estrangeiros) que está por detrás da subida dos preços das habitações. Os dados do Eurostat esta terça-feira publicados mostram que as casas para comprar no nosso país ficaram 80% mais caras desde 2010 até ao terceiro trimestre de 2022. E as rendas das casas subiram mais de 25% entre estes dois momentos. Esta evolução superior à média da União Europeia (UE).
As eleições legislativas de 2022 estão à espreita. É já no próximo domingo, dia 30 de janeiro de 2022, que os portugueses são chamados às urnas para eleger o próximo Governo do país.
Em Guimarães, a falta de oferta de habitação é um problema histórico, tal como escreveu o idealista/news em abril de
Um choque fiscal e uma reforma no processo de licenciamento são os dois eixos apontados por Hugos Santos-Ferreira, presidente da APPII, como fatores cruciais para resolver a crise na habitação.
Pedro Siza Vieira, advogado e ex-ministro da Economia, escreve um ensaio sobre a crise da habitação em Portugal, aponta decisões de política pública e avalia o Mais Habitação.
Resolver o problema da habitação passa por aumentar a oferta, alavancando no investimento de privados, incluindo estrangeiros. Uma análise de Carlos Guimarães Pinto e Gonçalo Levy Cordeiro.
Todos os partidos defendem não existir uma só solução para a crise da habitação. O resumo, em jeito de apanhado, não dispensa a leitura dos programas eleitorais.