Todos os meses, os bancos ajustam as ofertas de spread e de taxas de juro apresentadas aos melhores clientes. Para que não tenha de percorrer todos os preçários, a DECO PROteste adianta quais são as propostas mais baratas.
Dados do barómetro Imovirtual
O novo cenário económico, marcado pela alta inflação e pela subida de juros no crédito habitação, já está a arrefecer a procura de casas à venda e o montante total concedido em empréstimos destinados à aquisição de habitação. Este cenário acaba por influenciar os preços das casas para comprar em Portugal, os quais se mantiveram estáveis em fevereiro face ao mês anterior. Mas este não é cenário visível em todo o país: segundo o índice de preços do idealista, as casas à venda ficaram mais caras em 12 capitais de distrito entre janeiro e fevereiro de 2023, com Viana do Castelo a liderar as subidas (5,2%). Em Lisboa, os preços das casas para comprar subiram 1,2% e no Porto mantiveram-se estáveis neste período.
Encontrar uma casa para arrendar em Portugal continua a não ser tarefa fácil em 2023. Há pouca oferta de habitação para a procura existente. E as rendas das casas colocadas no mercado estão cada vez mais altas, tornando-se menos acessíveis aos bolsos dos portugueses, que já têm vindo a ser pressionados pela inflação. O índice de preços do idealista revela que as casas para arrendar no nosso país ficaram 1,6% mais caras em janeiro de 2023 face ao mês anterior. Isto quer dizer que arrendar casa tinha um custo mediano de 13,1 euros/m2 no final de janeiro deste ano.
Em Portugal, o mercado residencial muito mudou ao longo dos últimos 12 anos. Mas há uma questão estrutural que permanece: há falta de casas no país. É este desequilíbrio entre a oferta de habitação e a procura (muito impulsionada por estrangeiros) que está por detrás da subida dos preços das habitações. Os dados do Eurostat esta terça-feira publicados mostram que as casas para comprar no nosso país ficaram 80% mais caras desde 2010 até ao terceiro trimestre de 2022. E as rendas das casas subiram mais de 25% entre estes dois momentos. Esta evolução superior à média da União Europeia (UE).
O mercado de arrendamento em Portugal ganhou força em 2022, tendo sido dinamizado pelos novos modos de vida mais flexíveis. Mas não só. Também continuou a ser uma opção para muitas famílias que viram subir os custos do crédito habitação para comprar casa. Estes fatores alimentaram a procura de casas para arrendar no nosso país. Mas a oferta não acompanhou esta evolução. Em resultado, as rendas das casas deram o salto de 20,2% entre dezembro de 2022 e o período homólogo, sendo que no final do ano arrendar casa tinha um custo mediano de 12,9 euros/m2, aponta o índice de preços do idealista.
Portugal está entre os países da União Europeia (UE) onde os preços das casas mais cresceram nos últimos 12 anos - e o ritmo de subidas continua a