Novo Aeroporto, Terceira Travessia do Tejo e ligação ferroviária a Madrid: as três decisões do Governo
2024-05-15 / Lisboa Para Pessoas
O Campo de Tiro de Alcochete foi a localização escolhida pelo Governo para o Novo Aeroporto de Lisboa, que deverá chamar-se Luís de Camões. O Executivo de Luís Montenegro decidiu ainda priorizar a Terceira Travessia do Tejo (TTT) e a ligação ferroviária em alta velocidade (LAV) entre Lisboa e Madrid.
As três resoluções do Conselho de Ministros entram em vigor esta terça-feira. Avança assim o processo para a localização do novo aeroporto em Alcochete, mas também o reforço de capacidade da Portela para 45 movimentos por hora e os estudos da IP para a construção da terceira travessia e da alta velocidade para Madrid.
O Executivo prevê que o futuro aeroporto Luís de Camões esteja a operar, no mínimo, dentro de 10 anos. Nessa altura encerra a Portela, que até lá será alvo de mais investimentos para atingir os 45 movimentos por hora. A alta velocidade para Madrid, com a construção da terceira travessia do Tejo, será também antecipada.
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Campo de Tiro de Alcochete é a localização escolhida para o novo aeroporto, cuja abertura acontecerá no prazo de dez a 15 anos.
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Os estudos para a ponte rodoviária e ferroviária entre Chelas e o Barreiro já estavam no PNI 2030, mas agora há novos passos definidos. O Governo alia-se ao que já foi definido para a alta velocidade entre Lisboa e Madrid, e prefere Alcochete por não serem precisas expropriações e pela maior proximidade a Lisboa, às principais estradas e linhas de comboio da região.
Governo de Luís Montenegro abraça o projeto da alta velocidade e põe um prazo na ligação entre as capitais ibéricas, que só ia avançar depois de 2030. Linha que falta entre Lisboa e Évora pode estar em construção quando a ligação entre Porto e Lisboa estiver concluída, em 2032. A terceira ponte sobre o Tejo, que começou a ser trabalhada na década de 1990, volta a ganhar forma.
O custo da TTT poderá ascender a 2,2 mil milhões de euros (se incluir rodovia em cima da ferrovia) e a ligação em Alta Velocidade até Évora custará, pelo menos, outros 1,3 mil milhões de euros.
Conselho de Ministros aprovou resolução para avançar com a linha de Alta Velocidade entre as duas capitais ibéricas. Conclusão prevista para 2034.
"Estas decisões apesar de rápidas são ponderadas, fundamentadas e estratégicas para o futuro de Portugal", garantiu o primeiro-ministro, Luís Montenegro, em declarações no final do Conselho de Ministros, lembrando a criação de uma Comissão Técnica Independente que fez "uma avaliação comparativa de todas as localizações viáveis para que o decisor político pudesse tomar uma opção".
As ligações ferroviárias vão reforçar as acessibilidades do novo aeroporto de Lisboa e aliviar a pressão no Aeroporto Humberto Delgado, já que uma parte da procura aérea poderá ser desviada.
O primeiro-ministro afirmou hoje que o interesse nacional reclamava não apenas uma decisão sobre o futuro aeroporto, mas "a melhor decisão", considerando que o ano de avaliação pela Comissão Técnica Independente (CTI) "foi imprescindível".