Negociação pela paz sai do horizonte da guerra na Ucrânia
2023-02-09 / Vermelho
Especialista em Relações Internacionais, Flávia Loss, aponta como o discurso sobre a guerra se altera conforme os avanços bélicos de cada lado.
De acordo com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, 90 países, incluindo Portugal, já confirmaram a sua participação na Cimeira de Paz na Ucrânia
Nas últimas 24 horas, Zelensky esteve em Madrid, em Bruxelas e em Lisboa. Na capital portuguesa, o líder da Ucrânia foi recebido pelo primeiro-ministro e pelo Presidente da República. Portugal vai prestar ajuda à Ucrânia no valor de 126 milhões de euros em 2024, que inclui doação e treino para o uso de F-16. No 824.º dia de guerra, Putin recorreu à Constituição ucraniana e afirma que Zelensky deixou de ser Presidente da Ucrânia a 20 de maio
Presidente ucraniano deverá chegar a Portugal terça-feira à tarde numa visita de trabalho focada no reforço da cooperação entre os dois Estados no domínio da segurança e defesa.
Fala foi durante a uma entrevista concedida a uma TV da Suíça. Francisco usou o termo bandeira branca pela primeira vez desde o início do conflito, que completou dois anos no mês passado.
Recém-chegado ao Brasil, embaixador ucraniano Andrii Melnyk pede criatividade a diplomacia brasileira para criar paz duradoura na guerra na Ucrânia. Mas, segundo ele, iniciar negociações agora faria pouco sentido.
Presidente brasileiro se reuniu com primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, em Madri, e repetiu que está convocando países a compor um 'clube da paz' para mediar fim do confronto.
Kiev prepara-se para tentar explorar "o ponto fraco" que já criou na frente russa. Com o outono no horizonte, o resultado pode encaminhar o desfecho da guerra
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Visita de chanceler russo e tentativa de equilíbrio diante do conflito expõem desafios da diplomacia brasileira
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Relato de um impasse. Ao tentarem levar a Rússia a um beco sem saída, EUA e Otan acabaram enfraquecendo o dólar e despertando os Brics. A paz na Ucrânia torna-se difícil. Emerge uma nova geografia energética, militar e econômica
No dia em que se cumpre um ano de guerra na Ucrânia, esta sexta-feira, 24 de Fevereiro, não surgiu nos ecrãs do mundo ou nas primeiras páginas da vontade global aquela que era a informação mais aguardada, um cessar das hostilidades no leste europeu, mas há novidades relevantes, com a China a emergir desta longa noite com um plano de paz que já despertou o interesse de Kiev, uma votação na ONU em que sobressaem alguns realinhamentos geoestratégicos e a promessa repetida do Presidente ucraniano de que 2023 vai ser "o ano da invencibilidade" com a recuperação de todos os centímetros ocupados pelos russos.
Para Hector Saint Pierre, coordenador do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais da Unesp, guerra na Ucrânia é resultado de uma disputa mais ampla entre EUA e China e Rússia pela hegemonia internacional. Rússia estaria seguindo doutrina militar que privilegia cercos, e não destruição total, para minimizar baixas civis.
Agências internacionais indicam que a tentativa de acordo entre Rússia e Ucrânia estão marcadas para o fim da tarde na cidade de fronteira, Gomel, ou na capital Bielorrussa, Minsk. Nem Putin, nem Zelensky participarão do encontro