Joana Gorjão Henriques | Jornalista
2013-01-24 / Público
Entrei para o PÚBLICO no final de 1999, para estagiar na Cultura, onde fiquei durante dez anos, cobrindo um pouco de tudo e muito de teatro. Em 2007 participei no lançamento do novo Ípsilon, onde estive como editora adjunta até 2009. A seguir fiz uma pausa de dois anos. Primeiro, ganhei a bolsa de um ano da Nieman Foundation for Journalism na Universidade de Harvard, EUA; depois, fui estudar Sociologia na London School of Economics, em Londres. Nesses dois anos foi quase como aprender tudo de novo. Agora integro a secção de Sociedade, escrevendo sobre temas ligados aos direitos humanos. Sou autora das séries Racismo em Português, sobre o racismo durante o sistema colonial, e Racismo à Portuguesa, retrato de desigualdades raciais em Portugal. Recebi o Prémio AMI - Jornalismo contra a Indiferença, o prémio de Jornalismo de imprensa escrita de Direitos Humanos e Integração, da Comissão Nacional da UNESCO por duas vezes, o prémio de imprensa escrita Comunicação "Pela Diversidade Cultural" do Alto Comissariado para as Migrações, também por duas vezes, o Prémio Gazeta de Imprensa, o prémio de jornalismo Corações com Coroa, nomeação para os prémios ibérico-latino Gabriel García Márquez e a medalha de ouro de Direitos Humanos da Assembleia da República.
Influencers que querem atrair universitários, propagadores de ódio “mascarados” de jornalistas. Movimentos da extrema-direita criam ambiente favorável ao Chega, referem autoridades.
Holandês, Hein de Haas escreveu um livro onde desmonta 22 mitos. “A ironia de controlo de fronteiras apertado é que se encoraja as pessoas a ficarem”, diz.
Juntar emigração e imigração já se provou que não resulta. Atrair imigrantes qualificados é contrapruducente. Os não qualificados são quem mais contribui para contas públicas, analisa socióloga.
Governo “pondera” limitar autorizações de residência. No combate às discriminações, programa centra-se mais em pessoas com deficiência e mulheres. Racismo aparece só duas vezes.
Na sua tese de doutoramento, a antropóloga Ana Rita Lopes Alves analisa a relação entre políticas de realojamento, políticas de segurança urbana e brutalidade policial.
“Ando todos os dias com o coração na mão”, desabafa Flor. Outra mãe nota que há mais rusgas: “Entram logo à procura dos putos.” PSP diz que actua dentro da legalidade.
Aliança Evangélica demarca-se e fala em aproveitamento pelo ADN. Historiador lembra que evangélicos não têm peso em Portugal, mas que ligação pode servir para captar financiamento no Brasil e EUA.
Grupo que travou manifestação anti-islâmica juntou mais de 60 organizações e apela ao “voto contra o racismo”. Daúto Faquirá, Selma Uamusse, José Eduardo Agualusa ou Ana Sofia Martins entre apoiantes.
Dezenas de requerentes de asilo dormem à porta da AIMA, algo de que não há memória para o Conselho Português para os Refugiados. AIMA fala em aumento “súbito” de pedidos.
Inspecção-Geral da Administração Interna “está a recolher elementos”. Conselho para os Refugiados defende que PSP deixe entrar requerentes enquanto não tiver condições para acolher, como fazia SEF.
Os trabalhadores estrangeiros são essenciais para alguns setores de atividade, que “entrariam em colapso” sem eles.
Praticamente todos já têm nacionalidade portuguesa. Inquérito do INE mostra que 18,5% da população tem background migratório e a grande maioria está há mais de dez anos em Portugal.
Primeiras estatísticas sobre origem étnico-racial dos portugueses divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística. Mais de 1,2 milhões foram discriminados e 2,7 milhões testemunharam discriminação.
Requerente de asilo queixa-se de só ter tomado banho uma vez. Director de Fronteiras diz: “Não deveria acontecer, vamos corrigir.”
Violência é sobretudo sobre estrangeiros ou afrodescendentes, nota Comité Anti-Tortura. IGAI deveria poder pedir investigações médicas e abrir acção disciplinar sem precisar de autorização do ministro
Carlos Canha defende que usou aquela expressão contra quem impedia a detenção. Nenhum dos presentes que testemunharam em tribunal esta quarta-feira confirmou que havia cidadãos a agredi-lo.
Julgamento arrancou em Sintra com Claúdia Simões e agente da PSP Carlos Canha como arguidos e vítimas em simultâneo, quase quatro anos depois. Mais dois polícias acusados.
Entre os cidadãos resgatados, havia quem ganhasse entre 5 e 10 euros por semana e tivesse de mendigar, conta fonte ligada ao processo.
Grupo em que estavam futebolistas afegãs ficou distribuído por várias cidades, músicos de orquestra foram para Guimarães e Braga, outros ficaram em Lisboa. Saídas para países onde estão familiares ou têm melhores condições “são normais”, diz quem es
Juíza de instrução confirmou despacho do Ministério Público que acusava Carlos Canha dos crimes de ofensa à integridade física qualificada, sequestro agravado, abuso de poder e injúria agravada e os outros dois agentes de abuso de poder.
Nasceu no início dos anos 1990, quando a comunidade brasileira não tinha mais do que 30 mil pessoas, contando com quem estava indocumentado. Hoje é a maior comunidade imigrante em Portugal, com 210 mil pessoas. A heterogeneidade desta comunidade é u
Em 2007, Piedade Manteigas e Nuno Freitas viram os serviços sociais retirarem-lhes as três filhas, a mais nova com seis meses. Agora, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou Portugal a pagar uma indemnização. Em 2019, Estado ainda tentou qu
Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais afirma que não tem competência para chamar a Polícia Judiciária e que reencaminhou casos para Ministério Público. Família de Danijoy Pontes ainda não foi ouvida pela PJ e vai pedir exumação do corpo
Dados do grande inquérito europeu revelam que quanto mais velhos os inquiridos, mais fortes são os seus preconceitos. Jovens também mostram elevadas percentagens de crenças racistas. Escolaridade e rendimento não apagam racismo biológico e cultural.
Neste P24, conversamos com a jornalista Joana Gorjão Henriques sobre a série “Violência doméstica no banco dos réus”, um conjunto de reportagens em cinco capítulos a ser publicados semanalmente, a
Dados provisórios do SEF mostram que até fim de Outubro tinham sido concedidas 110.813 novas autorizações de residência. Brasil continua no topo. O Reino Unido, que estava em quarto lugar no ano passado, passa para segundo. Nepal continua em quinto.
A contramanifestação organizada para responder à extrema-direita teve cerca de 400 pessoas, segundo a PSP. Organização fala em duas mil entre Rossio e Camões. Em pleno Chiado, gente de várias gerações gritou “nazismo não” ou “fascismo nunca mais”. P
Os moradores do Casal da Mira vieram de bairros precários, perto de transportes e com serviços à volta. Só um autocarro pára no bairro. E aqui, quando alguma coisa se estraga, a autarquia – o senhorio – demora a arranjar.
Só os brasileiros representaram 28 mil novas autorizações de residência em 2018 a juntar àquela que já é a maior comunidade imigrante em Portugal. Quatro primeiros meses de 2019 com tantos novos imigrantes como 2014.
Especialistas reunidos pelo Governo propõem que Censos pergunte aos cidadãos se são brancos, negros, ciganos ou asiáticos. Mas sem que esteja lá a palavra raça ou etnia. Prevêem ainda dezenas de subcategorias em cada um destes grandes grupos. Ouvira
No grupo de trabalho nomeado pelo Governo há quem diga que foi “um dia histórico” e quem tenha receio que a extrema-direita se aproprie dos dados. Representante de ciganos e coordenadora do Observatório das Comunidades Ciganas foram contra, o que va
Em Essa Dama Bate Bué Yara Monteiro aborda o colonialismo, retrata as mulheres que combateram na guerra e critica a Luanda cosmopolita e a vida das elites. É o romance de estreia da autora.
Ajudou milhares de refugiados a chegar à Europa. Viu o desespero de muitos. Mas o navio para o qual trabalhava foi impedido de circular nas águas italianas, como aconteceu a outras ONG de resgate. Agora o Ministério Público italiano acusa Miguel Dua
Até 2016, todos os menores requerentes de asilo entravam em Portugal, diz CPR. Mudança levou ONU a alertar Provedoria de Justiça para “numerosa presença de crianças” detidas pelo SEF. Esta quarta-feira, o PÚBLICO encontrou uma bebé de três anos deti
Os três jornalistas do PÚBLICO foram distinguido com três Prémios Gazeta, galardão atribuído pelo Clube de Jornalistas.
Da eutanásia que é permitida na Holanda, à possibilidade de os menores o fazerem na Belgica, até ao primeiro país a prever o “homicídio piedoso” em 1934 — o Uruguai.
Quem são os afrodescendentes que filmam? E de que é que falam, o que é que filmam? Por exemplo, histórias ligadas à imigração ou à demanda das suas raízes. Ou então thrillers de cast inteiramente negro.
Dos PALOP, apenas os cabo-verdianos podem votar, e só nas autárquicas. Grupo recém-criado de migrantes e afrodescendentes defende alargamento de direito de voto.
Quantos pedidos já deram entrada em Portugal? A resposta a esta e outras questões sobre a nova lei.
Quem gere o quê? Como é feito o controlo das cantinas? Já houve penalizações?
Francisco Sousa considera-se “afro-beneficiário”. A sua família teve pessoas escravizadas. Choca-o não se falar sobre esse passado. O antropólogo António Tomás diz que falta fazer este debate. Portugal ainda está “em negação”, diz a artista Grada Ki
Estamos num momento histórico do activismo anti-racismo? Da violência policial à educação, do feminismo aos media, eis a diversidade do movimento. Penúltimo capítulo da série Racismo à Portuguesa.
Em dez anos, 20% das queixas à Comissão contra a Discriminação Racial foram sobre situações laborais. Em circunstâncias iguais no emprego, há preferência pelos brancos, mostram estudos. Amélia Costa Injai só foi chamada a entrevista de emprego por n
A segregação aumentou na área de Lisboa. Arrendar casa também está mais caro. O PÚBLICO fez um exercício de “testing”: três dos cinco supostos senhorios não trataram clientes de forma igual.
Um em cada 73 cidadãos dos PALOP está preso. É dez vezes mais do que a proporção que existe para os portugueses. Magistrados e outros agentes do sistema judicial reconhecem que há duas justiças, uma para negros e outra para brancos. Esta é a primeir
A jornalista do PÚBLICO, autora do livro Racismo em Português — O Lado Esquecido do Colonialismo , junta-se a Frederico Lourenço, Djaimilia Pereira de Almeida, Pilar del Río e Luaty Beirão na edição que homenageia o escritor Lima Barreto.
Cabo Verde não é África, os cabo-verdianos são “pretos especiais” e os mais próximos de Portugal. É o país da mestiçagem, a “prova” da “harmonia racial” do luso-tropicalismo. Durante anos esta foi a narrativa dominante. Ser ou não ser africano ainda continua como ponto de interrogação.
Havia um sino que mandava os negros sair do centro da cidade, e até bem tarde dominou o trabalho forçado. A Guiné-Bissau, onde os cabo-verdianos eram usados como capatazes, foi o primeiro país africano a libertar-se de Portugal.
40 anos depois da independência, as tensões raciais ainda estão à flor da pele: vê-se no discurso, nas filas de espera, na competição pelos lugares de chefia. “O privilégio branco é visível também em Angola”
As escolhas, recém-publicadas em Diário da República, escancaram o descompromisso público com a luta anti-racista. Afinal, até agora contam-se três pessoas no Observatório, todas brancas, cuja trajectória profissional não permite compreender como aí foram parar. Não é a realidade racista que falta conhecer neste país, são as pessoas que essa realidade continua a excluir e a matar.
‘Racismo em português – O Lado Esquecido do Colonialismo‘ «Porque não aprendemos na escola que existiu em Angola e em […]
O que vais ouvir, ler ou ver foi produzido pela equipa do Fumaça, um projecto de media independente, progressista e […]
“Racismo no País dos Brancos Costumes”, novo livro da jornalista Joana Gorjão Henriques, a mesma autora de “Racismo em Português […]
O evento do Doclisboa, programado pela SOS Racismo, vai decorrer entre 19 e 25 de julho.
Livro da jornalista portuguesa Joana Gorjão Henriques retrata situações de discriminação contra negros e afrodescendentes em Portugal onde, segundo a autora, "permanece a ideia de que não há racismo".
Segunda parte da série de reportagens de Joana Gorjão e Frederico Batista mostra como a colonização portuguesa atingiu Guiné-Bissau
seLecT acompanha série de reportagens multimídia realizada por Joana Gorjão e Frederico Batista sobre racismo em ex-colônias portuguesas